Pela segunda vez, o plenário do Senado adiou a votação do projeto de securitização de dívidas, que permite à União, aos estados e aos municípios venderem a instituições financeiras créditos que têm a receber de contribuintes. Os senadores não conseguiram um consenso sobre a destinação dos recursos, o que impediu a votação.
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Senado abre terceira sessão do dia e já completa prazo para votar PEC do tetoRenan comanda primeira sessão plenária do Senado após ser mantido na presidênciaPEC do Teto será votada no dia 13 no Senado, diz JucáNa proposta original, que tem o respaldo do Ministério da Fazenda, 70% dos recursos advindos da securitização deveriam ser usados para a amortização de dívida pública e aporte em fundos de previdência e apenas 30% poderiam ser destinados a investimentos.
A questão dividiu senadores a favor das exigências dos estados, que gostariam de ter maior percentual para investimentos, e senadores que acreditam que os governadores deveriam se comprometer mais com a amortização das próprias dívidas. Sem consenso, o plenário decidiu adiar a votação.
O projeto prevê ainda que, ao comprar créditos de dívidas, o banco conta com deságio, ou seja, um desconto. Não há determinação de limite sobre o montante de recebíveis que poderão ser antecipados ou o valor do deságio, este último ficando a critério do banco.
A proposta também permite que bancos públicos participem da securitização, desde que não comprem créditos do ente que o controla. No caso, bancos federais como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica ficam impedidos de fazer aquisições de créditos da União, mas podem adquirir de estados e municípios. Da mesma forma, um banco estadual não pode comprar dívidas do seu próprio estado..