Brasília - Autor e relator de proposta de emenda à Constituição (PEC) que permitiria eleições diretas para presidente até o primeiro semestre de 2018, os deputados Miro Teixeira (Rede-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC) acusaram nesta segunda-feira, 12, o Palácio do Planalto de atuar para travar a tramitação da matéria na Câmara.
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Amin confirmou a história. O relator disse que procurou Serraglio há cerca de dois meses para pedir que pautasse o parecer pela admissibilidade da PEC. "Ele autorizou. Mas depois mudou de ideia por interferência do governo", afirmou.
Procurado, Serraglio não atendeu às ligações nem respondeu mensagens até a conclusão desta edição. O Palácio do Planalto não se pronunciou.
A proposta foi protocolada por Miro em 1.º de junho deste ano, com apoio de 174 deputados, entre eles, os líderes do PMDB, Baleia Rossi (SP), do PSD, Rogério Rosso (DF), e do DEM, Pauderney Avelino (AM), além de deputados próximos de Temer, como o 1.º secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), e Darcísio Perondi (PMDB-RS).
No mesmo dia em que a proposta foi apresentada, ela foi enviada para a CCJ, onde Esperidião Amin foi escolhido relator.
A PEC autoriza eleição direta para presidente e vice-presidente da República caso haja vacância dos cargos entre o penúltimo ano e os últimos seis meses do mandato. Caso a vacância ocorra nos seis meses finais, a proposta mantém a previsão de eleição indireta, quando o novo chefe da Nação é escolhido por deputados e senadores.
Atualmente, a Constituição prevê que, se tanto o presidente quanto o vice forem derrubados nos últimos dois anos do mandato, a nova eleição deve ocorrer de forma indireta. Nos outros períodos, a eleição é direta, via voto popular - o que não é alterado pela PEC. .