O governo conseguiu aprovar a PEC do teto do Senado e agora a matéria vai à promulgação nesta quinta-feira. Entretanto, dez senadores da base deixaram de participar da votação, além do senador Dário Berger (PMDB-SC), que mudou de voto.
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), também não participou da votação. Assim como Fernando Collor (PTC-AL), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Virginio de Carvalho (PSC-SE), Wilder Morais (PP-GO) e Zeze Perrella (PTB-MG). Todos haviam participado da votação anterior.
O senador Romário (PSB-RJ), que é da base do governo, faltou aos dois turnos de votação da PEC do Teto. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é de oposição, chegou atrasado e não votou. Ainda assim, a oposição abriu dois votos em relação ao primeiro turno: o voto do senador Roberto Requião (PMDB-PR), declaradamente contra a PEC, mas que não havia votado da primeira vez, e do senador Dário Berger, que é do PMDB, o que configuraria uma traição à base.
A PEC foi aprovada com quórum de 70 senadores. Foram 53 votos a favor e 16 contra, fora o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que não vota. Entre o momento de abertura do painel de votação e o resultado da votação, Renan tentou manter a sessão em continuidade para conseguir quórum no plenário, onde havia pouco mais de 50 senadores, grande parte de oposição.
Mais cedo, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é da base do governo, insinuou que a renúncia de Michel Temer poderia ser a solução para a crise institucional. Entretanto, ele votou a favor da PEC.
Os 16 senadores que votaram contra a PEC do teto foram Ângela Portela (PT-RR), Dário Berger (PMDB-SC), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), João Capiberibe (PSB-AP), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Kátia Abreu (PMDB-TO), Lídice da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Regina Sousa (PT-PI), Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).