A briga pela Prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, não acabou após o resultado das urnas. O atual prefeito Gilmar Machado (PT) e o eleito Odelmo Leão (PP) só se falam via ofícios – em alguns casos com a interferência do Ministério Público – e desde a formação das equipes de transição a troca de dados sobre o município e a atual administração tem gerado atrito. Enquanto Odelmo alega que o prefeito se negou a prestar parte das informações solicitadas, Gilmar sustenta que chegou a se colocar até à disposição do adversário para uma conversa pessoal, mas não recebeu nenhum contato para programar alguma reunião.
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Prefeito de Uberlândia usa megafone para defender LulaJanot vai a Uberlândia em repúdio a atentado contra promotorEm Uberlândia, partidos políticos são acusados de coação para obter dinheiroPrefeitura de Uberlândia decreta estado de calamidade financeira Procurador pede cassação do registro de prefeito eleito foragidoUm decreto da prefeitura publicado no Diário Oficial do Município em 28 de outubro estabeleceu um prazo de 30 dias para o funcionamento da equipe de transição. No texto, há a promessa de que a comissão teria pleno acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e projetos do governo municipal. Secretários municipais e dirigentes das autarquias também foram colocados à disposição, durante três dias, para discutir os dados com os representantes do prefeito eleito.
A assessoria de Odelmo Leão assegura que tão logo foi oficializado o trabalho da equipe de transição, encaminhou cerca de 100 documentos à prefeitura com solicitações de informações, mas nem todos foram respondidos. “Além do atraso no envio das informações, muitas perguntas não foram respondidas oficialmente e documentos também deixaram de ser enviados”, diz a nota.
Notificado pelos dois órgãos, Gilmar alega que encaminhou cópia de todos os ofícios para provar que havia prestado informações sobre sua gestão. Por isso, negou o pedido de prorrogação do período para a transição – encerrado em 28 de novembro. Segundo ele, porque não havia motivo para adiar a data. “Respondi tudo o que me pediu. E ainda me coloquei à disposição para conversarmos pessoalmente, mas ele continuou me mandando ofícios”, afirmou o petista.
O prefeito lembrou que quando venceu as eleições em 2012 recebeu o governo de Odelmo Leão e em 30 dias encerrou o trabalho de transição. Gilmar Machado ainda reclamou que o sucessor vem divulgando que as contas devem fechar com um rombo de mais de R$ 200 milhões com a folha dos servidores, débitos com fornecedores e dívidas na área da saúde. “Ele quer só fazer tumulto e terrorismo, criar pânico na cidade”, completou.
Em nota, Odelmo Leão afirmou não estranhar a atitude do adversário político e reiterou que as informações pedidas não foram repassadas em sua totalidade.
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