Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou nesta terça-feira, 13, a articular a aprovação do projeto que atualiza a lei de abuso de autoridade. O movimento ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) oferecer denúncia contra o peemedebista.
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Renan diz que 'Brasil precisa muito de uma lei para conter abuso de autoridade'Projeto sobre abuso de autoridade deve sair da pautaAbuso de autoridade continua na pauta do Senado, garante RenanJanot sugeriu a Maia nova lei de abuso de autoridade, afirmam parlamentaresSenado rejeita votar projeto de abuso de autoridade e impõe derrota a RenanO posicionamento mudou após a denúncia da PGR e a divulgação da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho envolvendo a cúpula do PMDB e o presidente Michel Temer na Lava Jato.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que foi procurado por "emissários" que questionaram se ele garantiria os votos do partido. O PT não quer se expor sozinho e Costa pediu garantia de pelo menos 41 votos.
Embora considere o tema relevante, o petista acredita não haver maioria na Casa para assegurar a aprovação neste ano. "Não queremos ficar sozinhos. O PSDB, que está com o japonês batendo à sua porta, diz que não vota. Eles querem que aprove, mas não vão botar a cara. Só nós vamos botar a cara e nos desgastar?", questionou Costa.
À tarde, em entrevista, Renan defendeu a aprovação do projeto.
Renan ressaltou que a colocação do projeto na pauta do plenário não era uma retaliação e lembrou que ela foi incluída no calendário semanas antes, após acordo entre os líderes. "Abuso de autoridade não foi pautado hoje. Plenário e líderes definiram a matéria como um dos temas prioritários para serem votados até final do ano", disse.
O presidente do Senado foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro porque teria recebido R$ 800 mil em propina por meio de duas doações oficiais de uma empreiteira destinadas à sua campanha ao Senado em 2010. O senador nega qualquer irregularidade..