O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 14, o projeto de renegociação da dívida dos Estados já incluindo o Regime de Recuperação Fiscal, anunciado mais cedo pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A proposta prevê a suspensão por três anos dos encargos da dívida pelos Estados em dificuldades financeiras.
O novo programa de recuperação beneficia diretamente Estados com situação fiscal mais grave, como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ) e José Ivo Sartori (RS) acompanharam a votação de perto, dentro do plenário do Senado.
O relator Armando Monteiro (PTB-PE) acolheu ainda uma emenda para ampliar de 90 para 120 dias o prazo para que os Estados se adaptem às novas regras. Além disso, o projeto prevê uma lista de sete contrapartidas que os Estados precisarão cumprir para aderirem ao plano de recuperação.
Como adiantou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, as contrapartidas são a criação de programa de privatização; elevação da contribuição previdenciária dos servidores para 14%; mudanças nos regimes previdenciários dos servidores estaduais; redução de incentivos tributários; revisão do regime jurídico único dos servidores para reduzir benefícios não previstos no regime jurídico único dos servidores da União e suspensão de reajustes salariais, entre outras.