(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ministério Público entrega hoje ao STF delação de executivos da Odebrecht

Como esta é a última semana antes do recesso, não haverá tempo hábil para que o ministro Teori Zavascki analise toda a documentação ainda neste ano


postado em 19/12/2016 10:35 / atualizado em 19/12/2016 10:56

Relator da Lava-Jato no STF, Zavascki terá a função de validar as colaborações premiadas: assessores devem analisar o material durante o recesso do Judiciário(foto: José Cruz/Agência Brasil)
Relator da Lava-Jato no STF, Zavascki terá a função de validar as colaborações premiadas: assessores devem analisar o material durante o recesso do Judiciário (foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Ministério Público envia nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a documentação dos acordos de delação premiada de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. O documento ficará sob responsabilidade do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato. Ele é quem decidirá se as delações serão homologadas.

Os 280 depoimentos dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht terminou na madrugada de sábado (17). Como esta é a última semana antes do recesso, não haverá tempo hábil para que o ministro analise toda a documentação.

A ideia é criar uma equipe de apoio, que trabalhará durante o recesso catalogando cada um dos depoimentos e informações. Essa equipe ficará responsável também por confirmar que cada executivo falou por livre e espontânea vontade, um dos critérios estabelecidos pela lei que rege a delação premiada. Quando voltar ao trabalho, em fevereiro, Teori terá, então, possibilidade de analisar o caso detalhadamente. A presidente da Suprema Corte, ministra Cármen Lúcia ajudará na escolha desses funcionários que auxiliarão nos trabalhos.

Após a análise, o ministro-relator pode definir por homologar imediatamente o acordo de delação ou pedir mais informações à Procuradoria-Geral de República (PGR), se for o caso. Até agora, o ministro rejeitou apenas uma delação, sem, no entanto, informar de qual investigado.

A delação dos executivos da Odebrecht causa apreensão no Congresso por envolver o maior número de partidos e parlamentares. O vazamento do depoimento de Cláudio Melo Filho atingiu em cheio o presidente Michel Temer e nomes fortes do governo e da cúpula do PMDB, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente do partido, Romero Jucá (RR). Uma planilha achada na casa de um dos ex-diretores do grupo, Benedicto Júnior, aponta nomes de mais de 250 políticos de 24 partidos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)