Jornal Estado de Minas

Kalil é diplomado como prefeito eleito e diz que meta é enxugar máquina pública

O prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), afirmou nesta segunda-feira que a meta de sua administração, que começa no próximo dia 1, é enxugar a máquina pública e "buscar dinheiro para quem precisa".


"Vou trocar a mão de obra inútil e pôr dinheiro na saúde, na educação e no transporte", disse Kalil, que participa da solenidade de diplomação dos eleitos, ato que da aos vencedores das eleições o direito de serem empossados nos cargos que disputaram.

Alexandre Kalil lembrou que começou a implementar essa política de economia de gastos ao reduzir o número de secretarias de 22 para 13, com a extinção de algumas pastas e a fusão de outras.

Questionado sobre os desafios de administrar a capital mineira, Kalil disse que serão grandes, mas irá assumí-los com muita responsabilidade. "É uma vitória que nem da para comemorar. A grande vitória é o reconhecimento da população carente, população que se tornou quase invisível aos olhos dos governantes", disse.

Em relação às chuvas que castigam Belo Horizonte, o prefeito eleito disse que a primeira ação adotada depois de vencer as eleições foi reunir-se com representantes da Defesa Civil. E iniciou as discussões sobre projetos para a capital em busca de recursos federais que custeiem obras nas áreas mais afetadas pelas chuvas.

Além de kalil, serão diplomados nesta segunda-feira os 41 vereadores eleitos em outubro.

O ex-presidente do Atlético ressaltou a importância de governar com o apoio da Câmara Municipal. "Temos a obrigação do diálogo, isso é fundamental. Queremos a participação de todos eles", completou.

Recado das urnas


No discurso, Alexandre Kalil disse que a eleição em BH foi um recado das urnas e que ele e o vice Paulo Lamac (Rede) foram escolhidos como uma última esperança de mudar o atual modelo.

“A eleição da nossa capital nos manda um recado direto e simples. Chega, basta", afirmou Kalil.

Segundo o prefeito, chegou a hora dos que se tornaram invisíveis."Enquanto dividem o país e aumentam a intolerância, a agressividade e a falta de bom senso, o povo sofrido clama por atendimento, escolas e transporte, por generosidade do poder público. Se vamos conseguir eu não sei, mas lutar desesperadamente temos obrigação", afirmou.


Ética nas eleições

Em discurso, o presidente do TRE mineiro, Geraldo Douglas Coelho, afirmou que a diplomação é um ato que leva a refletir sobre a ética que deve ser adotada pelos eleitos nos cargos públicos.
"A sociedade vem exigindo cada vez mais transparência. Que vocês possam honrar o voto dos eleitores e que cheguem ao final do mandato com a sensação de dever cumprido", afirmou.

Ele ainda agradeceu a atuação dos servidores e magistrados da Justiça Eleitoral e a participação dos mais de 19,6 mil mesários que trabalharam nas eleições..