Mesmo com a promessa de que a proposta de renegociação da dívida dos estados será votada em Brasília sem as exigências que atingem os servidores públicos, centenas de policiais militares cercam, na tarde desta terça-feira, o Comando da Polícia Militar, na Praça da Liberdade. O grupo promete fazer uma vigília até que o texto seja apreciado pelos deputados federais. A Praça da Liberdade está interditada.
O clima, por enquanto, não é de confronto. Os manifestantes estão pedindo apoio da população, e para que todos liguem nos telefones de emergência da polícia e dos bombeiros para congestionar a linhas da corporação.
Durante a concentração, os manifestantes cantaram o hino da PM e fizeram um minuto de silêncio para homenagear o Cabo Valério, morto durante a greve da PM de 1997 no prédio do Copom.
A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) garante que os batalhões do Barreiro e Santa Lúcia estão aquartelados. Entidades de classe estão sendo recebidas pelo comando da PM, que nega que haja aquartelamento. O deputado Sargento Rodrigues (PDT) discursou aemaçando ocupar o Copom, caso o projeto votado retire algum direito de servidores.
Mais cedo, o comandante-geral da PM,Marco Antônio Bianchini, garantiu que não há greve e disse que o projeto será votado sem as exigências que motivaram o protesto dos policiais.
Em Brasília, depois de reunião pela manhã entre as lideranças e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o líder do governo na Câmara André Moura (PSC-SE), afirmou que a proposta costurada para ser votada ainda nesta terça-feira, permite aos estados conceder reajustes salariais e realizar de concursos públicos durante o ajuste fiscal.