O governo de Minas enviou resposta à Justiça sobre ação da oposição que pede a suspensão do decreto de calamidade financeira. Aprovado em dezembro, o texto permite que regras da Lei de Responsabilidade Fiscal sejam flexibilizadas. O advogado-geral do estado, Onofre Alves Batista Júnior, reforça que a aprovação de medida liminar anulando o decreto poderia levar ao “irreversível colapso da situação financeiro-orçamentária” do estado. Oposição na Assembleia Legislativa afirma que a calamidade é uma “farsa” e fruto de “incompetência” dos gestores.
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Oposição recorre à Justiça contra decreto de calamidade financeira em MinasEstados em calamidade terão dívida suspensaAssembleia de Minas aprova decreto de calamidade financeira em Minas Governo de Minas suspende novos concursos públicos por tempo indeterminadoDesde o ano passado, 62 municípios decretaram calamidade financeiraMinas tem a maioria das prefeituras do país em estado de calamidade financeiraPimentel diz que é legal uso de helicóptero oficial para buscar filhoCom o decreto, podem ser alteradas, por exemplo, as regras que punem gestores que ultrapassem os limites de gastos com servidores, atrasos no pagamento de dívidas e a extinção de órgãos públicos. A calamidade é decretada em situações graves, em que governadores avaliam enfrentar situações extremas em suas gestões que podem colocar em risco a população do estado.
“Esse governo, para agradar a meia dúzia, concedeu reajuste, gastou de forma irresponsável.
Líder do bloco governista Minas Melhor, o deputado Rogério Correia (PT) critica a tentativa da oposição de anular o estado de calamidade. “Isso significa que o estado teria que demitir funcionários, diminuir salário, não pagar o 13º e não dar promoção para carreiras que já contemplam isso, como professores e militares”, afirma. Segundo o deputado, a possível anulação do decreto seria um “desastre”.
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