Brasília - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, se reuniu na manhã desta terça-feira, 27, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em busca de apoio para que a Casa aprove as contrapartidas exigidas dos Estados em troca da renegociação da dívida com a União. Para Guardia, postergar o pagamento da dívida sem as compensações não vai resolver a crise pela qual passam os governos estaduais.
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"Dado que parte do projeto não foi aprovado (pela Câmara), sobretudo a questão das contrapartidas, estamos, o governo junto com o legislativo, buscando soluções para que a gente consiga ter um mecanismo eficaz que possa ajudar a resolver o problema dos Estados que efetivamente estão numa situação fiscal mais grave", afirmou Guardia.
O secretário-executivo disse que ainda não há uma definição sobre a maneira como essas contrapartidas seriam "reintroduzidas", mas ressaltou que sentiu que Maia está aberto a discutir soluções. "O presidente Rodrigo Maia está atento e preocupado para que a gente tenha uma solução que seja juridicamente consistente e que permita avançar e resolver o problema, mas a gente ainda não tem a solução", afirmou.
Guardia afirmou que, sem as contrapartidas, o problema dos Estados não será resolvido. "Não adianta você postergar o pagamento da dívida, porque o problema dos Estados não está no pagamento da dívida. Alguns Estados estão mais endividados que os outros, mas o problema central está no desequilíbrio na estrutura de receitas e despesas, particularmente no que diz respeito a despesa de pessoal e previdenciária. Essa é a questão central", disse.
Para o secretário-executivo da Fazenda, "não tem sentido" postergar o pagamento da dívida, sem dar os "instrumentos e condições para que Estados façam ajuste". "Não basta adiar a dívida. Isso seria só jogar o problema para frente", declarou..