O prefeito Marcio Lacerda (PSB) concedeu em seu último dia à frente da Prefeitura de Belo Horizonte um aumento de 25,86% no salário do primeiro escalão da administração municipal. A partir de 2017, a remuneração do prefeito passa de R$ 24,7 mil para R$ 31,1 mil. O vice-prefeito e os secretários passam a ter salário de R$ 20,8 mil, antes era R$ 16,5 mil. Já os consultores técnicos especializados e secretários adjuntos, que hoje recebem R$ 13,5 mil, receberão R$ 17,1 mil. Assessores especiais também tiveram reajuste, com o salário saindo de R$ 11,5 mil para R$ 14,5 mil. O reajuste dos vereadores de 9,8%, que tinha sido aprovado na Câmara, foi sancionado e o parlamentares vão receber R$ 16,5 mil, antes eles recebiam R$ 15 mil.
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Vereadores decidem não cortar salários e são hostilizados pela populaçãoLacerda cobra posicionamento de Kalil para sancionar ou não reajuste de vereadores de BH Vereadores eleitos criticam reajuste salarial na Câmara de BH Kalil diz que apoia aumento no salário de vereadores e secretários de BH PSOL vai questionar aumento de vereadores e prefeito de BH na JustiçaO prefeito determinou ainda que os aumentos salariais, antes feitos no final de cada legislatura, ou seja, a cada quatro anos, passem a ser feitos anualmente, de acordo com os índices inflacionários.
Na edição do Diário Oficial do Município, o prefeito justifica o aumento ressaltando que os subsídios do alto escalão da prefeitura de Belo Horizonte estava defasado desde 2012. Marcio Lacerda não atendeu aos telefonemas da reportagem do Estado de Minas e a assessoria de imprensa da prefeitura não se manifestou sobre o reajuste. A lei sancionada determinou ainda o reajuste de 5% para cerca de 60 mil funcionários, ativos e inativos, da PBH.
Há duas semanas, os vereadores da Câmara de BH aprovaram um projeto que concedia reajuste de 9,3% em seus salários e para o primeiro escalão do governo. Na sessão, que durou poucos segundos, 25 vereadores foram favoráveis ao aumento, e apenas sete se manifestaram contra. O aumento gerou duras críticas por parte da população, que não concorda com os reajustes para a classe política em momento de contenção de gastos em todo o país..