Na agenda de viagens pelo Brasil que deve começar nesta semana, Maia deve se encontrar com os governadores de Estados como Alagoas, Renan Filho (PMDB), e Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).
Em Alagoas, além de Renan Filho, o atual presidente da Câmara também planeja se encontrar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Calheiros é pai do governador alagoano e um dos principais caciques do PMDB, maior partido da Casa, com 64 deputados federais. Maia tenta fechar o apoio do PMDB, oferecendo em troca à sigla a indicação da 1ª vice-presidência em sua chapa.
Com o governador potiguar, o deputado do DEM busca atrair mais apoio do PSD, partido cujo líder na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), já se lançou candidato ao comando da Casa. No partido, ele já procurou o ministro Gilberto Kassab (Comunicações), que comanda o PSD. Kassab, que já foi do DEM, teria prometido apoiar Maia, caso Rosso desista da candidatura.
O presidente da Câmara também articula encontro com Geraldo Alckmin, que tem boa influência sobre a bancada paulista, a maior da Casa, com 70 deputados. Em entrevista à imprensa no início de novembro, o governador paulista afirmou que a reeleição de Maia era uma "solução natural" para Câmara. "Ele (Maia) vai a alguns lugares específicos na campanha, fazer conversas cirúrgicas", afirmou um interlocutor de Maia.
Em 1º de dezembro, Maia esteve com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Recife para pedir ajuda do gestor para fechar o apoio do PSB a sua candidatura.
Interlocutores de Maia dizem que, nas conversas com os governadores, o deputado do DEM tem discutido temas para uma agenda legislativa que ajude os Estados a superar a crise fiscal pela qual passam. Em 29 de dezembro, ele também conversou sobre uma agenda para os municípios com o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), durante reunião na capital baiana..