Nísia foi a mais votada em eleição interna na instituição, mas o ministro da saúde, Ricardo Barros, trabalhava para indicar a segunda colocada, Tania Cremonini de Araújo, o que quebraria a tradição de colocar o primeiro colocado na presidência.
Depois da notícia de que o ministro não seguiria a escolha interna, funcionários e entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) protestaram e organizaram um abaixo-assinado com mais de 6 mil assinaturas pela nomeação de Nísia.
Nesta terça-feira, as duas pesquisadoras se reuniram com Temer e Barros e, após a reunião, o ministro anunciou que Nísia seria a sucessora de Paulo Gadelha no comando da instituição.
"Houve conciliação de interesses, de união em torno dos objetivos que estão propostos pela Fiocruz", disse Barros.
Barros argumentou que por se tratar de uma liste tríplice as duas "tinham mais de 30% de apoiamento e estavam habilitadas" para o cargo. Ele destacou que, apesar de Nisía ficar com o comando da instituição, a pesquisadora Tania terá participação nos processos da Fiocruz.