O ex-secretário nacional da Juventude, Bruno Júlio (PMDB), perdeu o cargo por defender “uma chacina por semana” nos presídios do Brasil mas não perdeu o apoio do partido. A Juventude Nacional peemedebista fez uma nota de desagravo agradecendo ao “jovem companheiro” pelo trabalho desenvolvido na pasta.
O PMDB jovem diz na nota ainda que indicará a Temer um militante para continuar o trabalho do antigo gestor. “Também é necessário esclarecer que as declarações do companheiro Bruno Julio relacionadas as chacinas nos presídios são de caráter pessoal”.
Assis Filho
O nome já foi escolhido. Depois da recusa do presidente da Juventude de Minas Gerais e vice-presidente da Rede Minas, Felipe Piló, os jovens peemedebistas indicaram o presidente nacional da Juventude do PMDB, Assis Filho, do Maranhão. Piló não quis ser indicado por razões pessoais, alegando ter família e o trabalho na Rede Minas em Belo Horiozonte.
Integrantes da juventude do PMDB já levaram o nome de Assis ao senador Romero Jucá (PMDB/RR), mas a disputa pela indicação segue indefinida por enquanto. O PSC pressiona para que o presidente nacional de sua Juventude, Samuel Coelho de Oliveira, seja o sucessor de Bruno.
Bruno Júlio teve a exoneração publicada nesta terça-feira. Ele saiu do cargo por causa da repercussão negativa de suas declarações sobre a chacina de mais de 50 presos em Manaus. Na ocasião, disse à jornalista Amanda Almeida, de O Globo, que não deveria se dar tanta importância a essas mortes. “Sou sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”, afirmou.