Candidato a presidente da Câmara, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) conseguiu emplacar um indicado seu no Ministério da Saúde.
A coordenação do programa de doenças transmissíveis pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika) passará para as mãos de Divino Valério, indicado de Rosso. Para abrir a vaga para Valério, o ministério exonerou uma técnica que estava à frente da área de combate aos vetores havia 12 anos, Ana Carolina Santelli.
A decisão provocou alvoroço entre funcionários da área, sobretudo por causa do calendário. Com o verão, aumenta o risco de o País enfrentar nova epidemia de doenças ligadas ao Aedes aegypti, sobretudo chikungunya.
Valério já foi secretário de Rosso quando o deputado estava à frente do governo do Distrito Federal. Ele tem familiaridade no combate à dengue. Mas, para técnicos ouvidos pelo Estado, a experiência é pequena diante do desafio que começa a ser delineado.
Esta semana o cargo está vago. Embora o nome já tenha sido indicado, o coordenador avisou que assume o posto somente nos próximos dias.
Questionado se apoiava a reeleição de Maia para presidência da Câmara, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi evasivo. "O governo não está participando da disputa", disse.
Kassab ajudou a marcar um café da manhã entre Maia e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, que também é do PSD. A reunião deve ocorrer hoje na residência oficial do governador, em Florianópolis, e terá a participação de deputados do Estado.
Além de Kassab, outros integrantes do governo atuam pela reeleição. Na última sexta-feira, três ministros participaram de almoço de Maia com a bancada de Pernambuco no Recife: o da Educação, Mendonça Filho (DEM); o das Cidades, Bruno Araújo (PSDB); e o de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). Os três são deputados licenciados pelo Estado.
Maia é o candidato preferido do Palácio do Planalto, apesar de o governo dizer oficialmente que não se envolverá na disputa da Câmara. Além do deputado do DEM e de Rosso, já se colocaram como candidatos ao comando da Casa o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e o deputado André Figueiredo (PDT-CE). A disputa está marcada para o dia 2 de fevereiro.
NOTA DE ROSSO Em nota, o deputado federal e líder do PSD na Câmara Rogério Rosso esclareceu que não indicou Valério Divino para o cargo de Coordenador do Programa de Doenças Transmissíveis pelo Aedes Aegypti ou para qualquer outro posto no governo federal. Rosso segue na disputa pela Presidência da Câmara sem condicionar sua candidatura a qualquer cargo ou vantagem no governo federal.
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