Morales foi vice-ministro durante o governo do ex-presidente Álvaro Uribe e teria exigido US$ 6,5 milhões para cortar a concorrência e permitir que a Odebrecht fosse a única participante no processo de licitação de um projeto rodoviário autorizado entre 2009 e 2010. As informações foram divulgadas pelo procurador-geral da Colômbia, Néstor Martínez, citando provas obtidas por promotores.
Em acordo de leniência firmado com autoridades do Brasil, da Suíça e dos Estados Unidos, a Odebrecht admite pagamentos de US$ 439 milhões em subornos em países fora do Brasil, principalmente na América Latina. Cerca de US$ 11 milhões teriam sido pagos a autoridades colombianas. Caso condenado, Morales pode ficar até 20 anos preso.
Uribe. O advogado do ex-vice-ministro não foi encontrado. Em comunicado, o ex-presidente Álvaro Uribe afirmou que apoia as investigações e a decisão do procurador-geral. Ele disse ainda que seu governo foi enganado por Morales.
Segundo o procurador-geral, o pagamento ao ex-vice-ministro teria sido feito por meio de contas de offshore geridas pelo Setor de Operações Estruturadas, o chamado departamento da propina da empreiteira.
Investigadores colombianos afirmaram que tentam identificar os beneficiários dos subornos restantes da Odebrecht.