Gremista, pai e relator da Lava-Jato: relembre a trajetória de Teori

Ministro do STF morreu nesta quinta-feira (19/1), aos 67 anos, após a queda de um avião, perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro

Fernando Jordão - especial para o Correio Braziliense
O catarinense Teori Albino Zavascki, que morreu nesta quinta-feira (19/1), aos 67 anos, após a queda de um avião perto de Paraty (RJ), nasceu em 15 de agosto de 1948, na cidade de Faxinal dos Guedes, cerca de 500km distante da capital, Florianópolis.
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestre e Doutor em Direito Processual Civil pela mesma instituição, estava no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 29 de novembro de 2012, por indicação da então presidente da República Dilma Rousseff.

Antes de chegar à Suprema Corte, Teori foi ministro do Superior Tribunal de Justiça, entre 2003 e 2012. Também presidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (RS, SC e PR) e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. Além disso, o ministro deu aula em diversas instituições, entre elas, a Universidade de Brasília (UnB) e trabalhou como advogado, inclusive do Banco Central do Brasil.

Durante seu período como magistrado do STF, Teori foi determinante em alguns casos que ganharam grande repercussão. O principal deles foi a Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras e do qual o ministro era relator. Foi ele também que determinou, em maio do ano passado, o afastamento do ex-deputado Eduardo Cunha.

Filho de Severino Zavascki e Pia Maria Fontana Zavascki, Teori foi casado com Maria Helena Marques de Castro Zavascki (in memoriam). Era torcedor aguerrido do Grêmio e chegou a ocupar um cargo de conselheiro no clube gaúcho. Ao longo de sua vida, escreveu seis livros e foi co-autor de outros 28.
Ele deixa três filhos: Alexandre Prehn Zavascki, Liliana Maria Prehn Zavascki e Francisco Prehn Zavascki..