Delegado da Lava-Jato indica crer em teoria de que queda não foi acidental

Zavascki era relator do caso no STF e, segundo informações, estava perto de homologar delação

Correio Braziliense
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O delegado Márcio Anselmo, uma das principais figuras da Operação Lava-Jato, publicou um texto no Facebook pedindo que "esse 'acidente' seja investigado a fundo", em relação a queda do avião que levava o ministro Teori Zavascki de São Paulo a Paraty, no Rio de Janeiro.
A mensagem chamou a atenção pelo uso de aspas na palavra acidente, o que, para muitos, pode sugerir que o delegado não acredita que tenha sido, de fato, um acidente.

Cerca de 30 minutos depois, o delegado editou a publicação. No entanto, o Facebook guarda um registro do histórico de cada mensagem. O texto foi altamente editado; no fim, restou apenas uma frase: “Sem palavras para expressar o que estou sentindo”. Nas redes sociais, em meio a mensagens de surpresa e condolências, usuários levantam teoria de que a queda do avião não tenha sido um acidente, mas uma tentativa de atrapalhar o andamento do processo da Lava-Jato.

Zavascki era o relator do caso no Supremo Tribunal Federal. A chamada "teoria da conspiração" é reforçada em parte por um registro de relato supostamente feito no Facebook pelo filho do ministro, Francisco Zavascki, em maio de 2016. Ao falar dos "movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava-Jato", o Francisco alertou: “Se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar!” Entre os comentários está o de Luciana Genro, que foi candidata à presidência em 2014 e fez oposição tanto ao governo de Dilma Rousseff quanto ao de Michel Temer. Genro classificou o caso como "suspeito".


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