A diretoria de licenciamento ambiental é um dos cargos que mais sofrem pressão dentro do Ibama, porque centraliza todos os processos de projetos federais em andamento no País. A tensão política e empresarial sobre essa diretoria atravessa uma fase ainda mais tensa, por causa do projeto de reformulação total da lei do licenciamento que tramita no Congresso Nacional. Ambientalistas e ruralistas estão em pé de guerra para tentar impor a versão final do texto que deverá ser votado em plenário e sancionado pela presidência da República.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a saída de Rose Mirian Hofmann se deve a uma decisão pessoal, por conta da forte pressão e do estresse que o cargo envolve. Rose também tinha interesse de voltar ao cargo de consultora da Câmara, onde havia trabalhado por pouco mais de um ano.
A decisão de ir para o Ibama ocorreu após um convite feito pela presidente do órgão ambiental Suely Araújo, que também é consultora legislativa da Câmara nas áreas de meio ambiente e direito ambiental, com 25 anos de atuação no Congresso.
Segundo fontes ligadas à cúpula do Meio Ambiente, a saída de Rose não vai alterar a conduta dos trabalhos do Ibama no licenciamento ambiental, a qual tem sido publicamente criticada pelo Fórum de Associações do Setor Elétrico Brasileiro e pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). Membros da FPA já chegaram, inclusive, a pedir a saída de José Sarney Filho no MMA.
A partir de fevereiro, quando acaba o recesso do Congresso, o tema do licenciamento deve ganhar força em torno da nova lei do licenciamento..