Os pedidos de revogação da prisão preventiva foram feitos após outro réu ter conseguido decisão favorável para ficar em prisão domiciliar. Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, ex-assessor especial do ex-governador do Rio, obteve a decisão alegando situação de risco à sua integridade física, depois da divulgação de notícia de que ele teria fechado acordo de colaboração premiada.
No pedido encaminhado à 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Braga usa o mesmo argumento. Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio contestam, destacando que a defesa de Braga esperou 17 dias desde que circularam as notícias de que seu cliente estaria negociando uma delação para pedir a mudança de regime. "Estivesse ele realmente em risco, esperaria dezessete (dias) para formular tal pedido?", questionam na petição enviada à Justiça.
Outros quatro presos na Calicute recorreram das prisões. Luiz Paulo Reis é indicado como "testa de ferro" de Braga e acusado de lavagem de dinheiro no esquema investigado pela Calicute. Os promotores avaliam que a revogação de sua prisão preventiva traria risco à investigação e de fuga.
Mencionando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), o MPF argumenta que a prisão de membros de organização criminosa é essencial para interromper e desarticular a prática de crimes e garantir a ordem pública. Os procuradores pedem à Justiça o indeferimento de todos os pedidos..