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Estado de Minas

OAB cobra definição do STF sobre Lava-Jato antes do fim do recesso

Ordem dos Advogados do Brasil quer que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, decida imediatamente sobre homologação das delações da Odebrecht


postado em 23/01/2017 06:00 / atualizado em 23/01/2017 08:02

Lamachia disse que o STF deve uma resposta à sociedade(foto: Valter Campanato/ Agencia Brasil )
Lamachia disse que o STF deve uma resposta à sociedade (foto: Valter Campanato/ Agencia Brasil )

A paralisação dos processos  no Supremo Tribunal Federal envolvendo a construtora Odebrecht levou a Ordem dos Advogados do Brasil a cobrar, em pleno domingo, agilidade da Suprema Corte do país. O presidente nacional da entidade, Cláudio Lamachia, afirmou que a sociedade brasileira “exige definição imediata” sobre os rumos da Lava-Jato e que a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, deve decidir imediatamente sobre a homologação das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

“Não é cabível que, em situações excepcionais como esta, se aguarde o fim do recesso para que tal providência seja tomada. Nesses termos, é fundamental para o país que a ministra Cármen Lúcia, desde já, decida sobre a homologação ou não das delações. Não há tempo a perder. É o que a sociedade brasileira espera”, disse Lamachiam em nota à imprensa.
“O país não pode caminhar em meio a dúvidas e suspeições suscitadas pela indefinição decorrente do trágico falecimento do ministro Teori Zavascki. Ele próprio estava ciente dessa urgência, que o levou a organizar uma força-tarefa para dar continuidade aos trabalhos no recesso”, destacou o presidente nacional da OAB. Na avaliação de Lamachia, uma eventual interrupção dos trabalhos representa um “grave desserviço público”, além de desmerecer a memória de Teori.

“É necessário ainda que se aproveitem o conhecimento e a memória histórica dos juízes federais que o auxiliaram durante o já longo trâmite desse processo. São magistrados qualificados, com profundo domínio do caso. Esse conhecimento não pode de modo algum ser desperdiçado, não apenas em nome da lógica e do bom senso, mas sobretudo em nome dos mais elementares fundamentos éticos da Justiça”, afirmou Lamachia. (Com agências)


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