O deputado Rodrigo Maia (DEM) esteve, nesta terça-feira, em Belo Horizonte fazendo campanha para sua reeleição à presidência da Câmara. Maia se reuniu com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e com lideranças ligadas ao tucano no estado. De acordo com o senador, que na segunda se encontrou com o presidente Michel Temer para tratar da sucessão e da participação do PSDB no governo, essa aliança já é consenso dentro do partido, faltando apenas a reunião formal da bancada para oficializar o apoio.
Maia também almoçou com a bancada mineira e depois se encontrou com o governador Fernando Pimentel (PT) e com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS).“Houve o conhecimento do PSDB que para o Brasil, nesse instante, e para o próprio avanço do governo Michel, e para convergir mais a base, o nome do Rodrigo é o mais natural”, defendeu o senador, após o encontro que durou cerca de uma hora.
Para o senador, a reeleição de Maia é importante para dar continuidade aos projetos de reforma trabalhista e tributária que o país precisa fazer para retomar o crescimento.Aécio já tinha sido na eleição de Maia, logo após a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e seu afastamento do comando da Câmara, um dos seus principais apoiadores. Maia já conta com o apoio formal do PSB e PSD e trabalha, com apoio do Palácio do Planalto, para ser eleito no primeiro turno da votação. No encontro na capital mineira, também estavam presentes representantes do PP, PDT, PSD e PMDB.
Segundo Maia, o PRB deve formalizar hoje o apoio ao seu nome. “Estamos tentando criar um ambiente que mostre que a casa pode trabalhar em harmonia respeitando o espaço tanto da base quanto da oposição, para que o Brasil possa superar a crise econômica”, afirmou Maia. Ele também afirmou que a disputa jurídica sobre sua candidatura à reeleição está superada.
Anteontem, a Justiça Federal derrubou a liminar que impedia Maia de concorrer. A ação que tentava bloquear sua candidatura foi apresentada por um aliado de Cunha, sob o argumento de que ele não poderia concorrer porque a Constituição e o regimento da Câmara vedam a reeleição do presidente em uma mesma legislatura. “Eu tenho muita clareza que (o regimento) diz que o presidente eleito na sessão preparatória do primeiro ano é vedada sua reeleição. Eu não fui eleito na sessão preparatória”.