O presidente Pedro Paulo Kuczynski disse que a medida busca defender os interesses do país.
Horas antes, o ministro de Minas e Energia, Gonzalo Tamayo, havia anunciado o término do contrato com a Odebrecht, alegando que os projetos "não vão continuar com os sócios atuais, não conseguiram mostrar que têm financiamento... Não foram capazes de levar adiante um projeto porque o sistema financeiro não crê neles".
A Odebrecht era um dos três sócios para a construção do Gasoduto do Sul, cujo preço total chegava a US$ 7 bilhões, junto com a espanhola Enagás e a peruana Graña y Montero.
"O consórcio não pôde demonstrar que tinha a obra financiada", disse Kuczynski. Ele explicou que houve demora na execução da obra, mas ressaltou que vai "reforçar o passo para poder levá-la a cabo no tempo previsto".
Em dezembro, diante de uma corte dos Estados Unidos, a Odebrecht e a Braskem declararam-se culpadas de pagar subornos em 10 países na América Latina e dois da África.
O governo e o Ministério Público do Peru pediram informações aos Estados Unidos, Brasil e Suíça pelos US$ 29 milhões em subornos que a Odebrecht admitiu ter pago a funcionários entre 2005 e 2014 para adjudicar obras públicas.
O governo peruano ainda anunciou que a construtora brasileira não poderá participar de futuras licitações e conseguiu um pagamento de quase US$ 9 milhões e o compromisso de entregar informações como indenização pelos escândalos de corrupção gerados por empresas do Peru. Fonte: Dow Jones Newswires.