O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira, 24, que considera uma "questão menor" a discussão sobre se os tucanos vão aceitar a Secretaria de Governo com o aval para nomear os indicados de toda a estrutura funcional, a chamada "porteira fechada". Reportagem, revelou que há uma queda de braço nos bastidores entre integrantes do PSDB e do PMDB sobre a manutenção ou troca de indicados dos dois partidos com a futura ascensão do deputado tucano Antonio Imbassahy (BA) para o cargo de ministro.
"Acho isso uma grande bobagem. Vi essa notícia nos jornais hoje. Talvez uma manifestação de pessoas preocupadas em perder o seu emprego. Isso é uma questão menor", disse Aécio, em visita a Belo Horizonte (MG).
O cargo de ministro da Secretaria de Governo está vago desde 25 de novembro, quando o peemedebista Geddel Vieira Lima deixou o Executivo sob a acusação de ter feito tráfico de influência na defesa da liberação, dentro do governo, de um empreendimento imobiliário embargado da propriedade dele.
Após a queda de Geddel, contudo, o restante da estrutura da pasta continuou a ser ocupada por indicados do PMDB que resistem a deixar os cargos para dar lugar para aliados do PSDB.
O presidente do PSDB fez questão de destacar que, após liderar o processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, seria "extremamente incoerente" se a legenda não se dispusesse a contribuir com o governo Michel Temer.
"Se o presidente quiser buscar no PSDB, nos qualificadíssimos quadros do PSDB, outros nomes que possam ajudá-lo nesse governo de transição - como dizia o presidente Fernando Henrique, esse governo de salvação nacional -, o PSDB estará à disposição para ajudá-lo", afirmou Aécio.
O tucano destacou que o apoio do partido independe de qualquer outra participação no governo. "Nosso apoio depende do cumprimento do compromisso com essa agenda de reformas. Quero aqui registrar que o presidente Temer tem sido firme, tem sido claro na defesa dessa agenda, indo até além em determinadas questões que não estavam nem previstas no início do seu governo, como questões relativas ainda à reforma tributária, a esse pacto na questão trabalhista. Esperamos que ele possa ter sucesso nessa agenda", frisou..