Eike Batista tem prisão decretada e é considerado foragido pela PF

Esta fase da Lava-Jato apura a ocultação de US$ 100 mi no exterior. Também estão envolvidos a ex-mulher e o irmão do ex-governador Sérgio Cabral

Juliana Cipriani
O empresário Eike Batista é o principal alvo desta fase da Lava-Jato - Foto: Luis Macedo

O empresário Eike Batista é alvo de operação da polícia federal nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. A investigação envolve a ocultação de US$ 100 milhões no exterior.

Eike teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas não estava em sua casa por volta das 6h, quando os policiais foram buscá-lo. Ele vai se entregar segundo informou sua defesa, mas, neste momento é considerado foragido. A prisão preventiva é por tempo indeterminado.

A operação batizada de Eficiência é um braço da Lava-Jato e tem como alvo também o ex-governador Sérgio Cabral, que já está preso. A polícia cumpriu, ainda, mandado de condução coercitiva contra a ex-mulher dele, Suzana Melo Cabral, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Outro alvo é o irmão do ex-governador, Maurício Cabral Santos.
Eles são suspeitos de se beneficiar de um esquema de corrupção no Rio de Janeiro.

Presos


O vice-presidente de futebol do Flamengo, Flávio Godinho foi preso. Ele é considerado um ex-braço direito de Eike. Também foi preso Thiago Aragão, ex-sócio da esposa de Cabral.

A operação é conduzida pela polícia federal e o Ministério Público Federal, com apoio da Receita Federal. É também um desdobramento da operação Calicute, deflagrada em novembro de 2016.

Lavagem de dinheiro e corrupção


Estão sendo cumpridos na manhã desta quinta-feira, por cerca de 80 policiais, nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão. Todos no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 7º Vara Federal Criminal.

A PF apura o crime de lavagem de dinheiro, que teria ocorrido com a ocultação de aproximadamente US$ 100 milhões fora do Brasil. Segundo a PF, “boa parte dos valores já foi repatriada”. Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva e organização criminosa.

Os investigadores apuram pagamentos de propinas envolvendo o ex-governador Sergio Cabral, que está preso em Bangu.Também são alvos Sergio Castro, apontado como operador do esquema, Francisco Assis, o doleiro Álvaro Galliez,  e três pessoas ligadas a Cabral que também já estão presas - Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra..