A operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira constatou que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) sustentava toda a sua família e, para isso, usava dinheiro de propina. Segundo os procuradores do Ministério Público, foram encontrados mais de R$ 30 mil em espécie, além de milhares de dólares e mil Euros na casa do irmão do político, Maurício Cabral Santos.
“Sérgio Cabral operava como o grande provedor da família e pagava as despesas de todos os membros do seu círculo mais próximo”, afirmou o procurador Eduardo El Hage.
A ex-mulher de Cabral, Suzana Neves Cabral, e o irmão do político, Maurício Cabral Santos, são considerados beneficiários da propina. Os dois foram alvos de mandados de condução coercitiva nesta quinta-feira.
Segundo o procurador, desde a Operação Calicute havia indícios de que eles seriam os destinatários dos recursos em espécie operados pela organização. “Havia várias anotações, principalmente do Luiz Carlos Bezerra, que está preso em Bangu, dizendo que eles seriam destinatários dos recursos em espécie que a organização movimentava.
A coercitiva foi para esclarecer por que eles constavam na contabilidade do Bezerra e dos colaboradores”, afirmou El Hage.