'Fui do céu ao inferno', diz vereador de BH sobre prisão em Guarapari

Bim da Ambulância passou 24 horas preso no Espírito Santo por ter pousado com helicóptero no meio da praia

Isabella Souto

- Foto: Secretaria de Segurança do Espírito Santo/ Divulgação

 

Depois de ficar 24 horas preso no Espírito Santo por ter pousado com um helicóptero na praia de Bacutia, o vereador Bim da Ambulância (PSDB) disse na manhã deste domingo que “foi do céu ao inferno”, pediu desculpas aos mineiros e capixabas e garantiu que nunca mais pretende adotar manobra semelhante.



“Não fiz nada que ninguém nunca viu. Artistas, celebridades e jogadores fazem isso, mas tenho um título de vereador, e talvez por isso tomou essa proporção. Mas não faço esse tipo de pouso nunca mais. Foi um transtorno muito grande que me causou”, afirmou o vereador de Belo Horizonte.


Segundo o tucano, que alega ser piloto e já ter passado na prova da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para pilotar também aviões, o plano de vôo do aeroporto de Guarapari até a praia de Bacutia foi registrado e autorizado pela Infraero.


“Tinha planejado um passeio com minha mulher e filhas que estavam na praia. Como eu ia colocar alguém em risco se elas estavam na praia?”, argumentou o tucano, que foi conduzido pela polícia até a 5ª Delegacia Regional de Guarapari depois de denúncias de banhistas que estavam no local.


A prisão do vereador ocorreu na sexta-feira à tarde e foi baseada no argumento que ele colocou em risco a vida e a saúde de outras pessoas que estavam na praia, além da própria aeronave.

Os dois crimes estão previstos do Código Penal.

Na sexta, Bim da Ambulância permaneceu na DP, e nesse sábado foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana, a 45 quilômetros de Guarapari, onde permaneceu até receber o alvará de soltura expedido pelo juiz federal José Eduardo Nascimento.


De acordo com Bim da Ambulância, ele foi pego de surpresa com a prisão, já que foi conduzido até a delegacia apenas para prestar esclarecimentos. “Lá fui avisado da minha prisão e já foram colocando algemas em mim e me levaram para fazer exame de corpo de delito”, recorda.

Os advogados do vereador, que volta neste domingo a Belo Horizonte, de carro, acompanharão os desdobramentos do caso. 

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