Na Câmara, a tendência do PT, agora, é avalizar a candidatura de André Figueiredo (PDT-CE). Há deputados, porém, que pregam o lançamento de chapa própria, com Paulo Teixeira (SP). A disputa no Senado ocorrerá na quarta-feira, dia 1º, e na Câmara, na quinta. A posição oficial do PT, no entanto, somente será anunciada nesta terça-feira.
A ala pragmática acha que a sigla deveria endossar Maia à reeleição, além de Eunício, para assegurar cargos na Mesa. O apoio ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO) também está descartado.
Em artigo divulgado no domingo, 29, o presidente do PT, Rui Falcão, admitiu "divergências" a respeito da decisão do Diretório Nacional, que no dia 20 autorizou acordos com candidatos da base do governo Michel Temer.
A exemplo de Falcão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também chegou a defender a abertura de negociações com Maia e Eunício. Nas redes sociais, porém, o grupo Muda PT - que abriga correntes de esquerda - disse não ser possível aceitar o voto em "golpistas".
"O fato é que o protesto tem audiência, repercussão e deve ser ouvido pelos parlamentares", escreveu Falcão. "Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSOL) num bloco a ser encabeçado por alguém deste campo."
'Avulsos'
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) vai lançar nesta segunda-feira candidatura avulsa, já que seu partido fechou com Maia.