A juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro em férias, decidiu mudar a data da audiência de depoimento do ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT) Ricardo Berzoini e outras duas pessoas arroladas como testemunhas de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia - que estava marcada para as 9h30 da quarta-feira de cinzas, que este ano cai no dia 1.º de março.
Réu em cinco ações penais na Justiça Federal no Paraná e no Distrito Federal, nesta ação o ex-presidente é acusado pela Lava-Jato de se beneficiar de propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobras por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. A operação atribui a propriedade do imóvel a Lula. O ex-presidente também teria se beneficiado no armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016. O petista nega qualquer irregularidade.
As audiências desta ação, a primeira da Lava-Jato contra Lula, tem sido marcadas pelas interrupções e embates entre a defesa do petista, que afirma que o ex-presidente tem sido alvo de perseguição política.