Para o grupo, o PT não deveria apoiar o partido do presidente Michel Temer, visto por eles como o principal responsável pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Superestimando a luta institucional e insensível ao apelo da militância, a maioria da bancada preferiu não tomar uma posição clara, autorizando os senadores e senadoras petistas a votarem como bem entenderem. É realmente lamentável. Um equívoco político que cobrará seu preço", diz o texto. Os petistas consideram que a bancada optou por "se render à institucionalidade".
No texto, eles agradeceram a participação da militância do partido na discussão, mas afirmaram que a direção nacional da legenda optou por ignorar os pleitos. "Não poderíamos de forma alguma fazer alianças com protagonistas do golpe.
Pela tese de proporcionalidade do Senado, os maiores partidos da Casa ficam com os melhores cargos na Mesa Diretora. Como o PT possui a terceira maior bancada (10), ficaria com a primeira-secretaria, considerada a prefeitura do Senado. Contudo, se os petistas não fechassem um acordo com Eunício, considerado favorito da disputa, ficaria sem a vaga e sem a presidência de comissões mais expressivas. O mesmo impasse ocorreu na Câmara, porém os deputados petistas optaram por apoiar o candidato da oposição André Figueiredo (PDT-CE).
"Esse levante da militância petista e dos movimentos sociais contribuiu decisivamente para que a bancada do PT na Câmara, de forma unitária, rejeitasse votar em parlamentares golpistas e apoiasse a candidatura do deputado federal André Figueiredo (PDT) à presidência da Câmara, compondo um bloco de oposição que verbaliza no Parlamento as vozes das ruas. Dessa forma, a bancada do PT na Câmara demonstrou estar conectada com a militância petista e com os movimentos sociais", elogiaram os senadores..