Na última segunda-feira, 30, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologou as 77 delações da Odebrecht, mas manteve os depoimentos sob segredo de justiça. "Neste momento coube à presidente do STF tomar a decisão (...) O presidente de um poder vai sempre fazer o diálogo, mas não cabe opinar sobre decisão tomada pela Suprema Corte", disse Eunício.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) adiantou nesta quarta-feira, 1, que apresentará um projeto para quebrar o segredo de todas as delações, porém Eunício evitou opinar sobre a proposta. Renan e Jucá consideram que quebrar o sigilo dos depoimentos vai evitar o "vazamento seletivo" dos conteúdos. "Os projetos que forem apresentados serão submetidos ao plenário", comentou o novo presidente do Senado.
Sobre a relação com o Planalto e o presidente Michel Temer, que é seu correligionário, Eunício respondeu que vai manter um convívio de "independência entre os poderes, harmonia e diálogo". "Eu sempre disse que o diálogo não subordina um poder ao outro", destacou. "A pauta não será do presidente, e sim construída com líderes e minorias", completou Eunício.
Reformas
Eunício afirmou ainda que é preciso debater reformas com a sociedade, destacando a da Previdência, tema prioritário para o governo Temer.