Justiça prorroga por 60 dias afastamento de ex-presidente da Câmara de BH

A Justiça prorrogou por mais 60 dias o afastamento do vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães (PTN) do cargo. A juíza Patrícia Santos Firmino deferiu o pedido do Ministério Público de Minas Gerais e manteve o que a titular da vara de inquéritos, juíza Lucimeire Rocha, já havia determinado.

Para justificar o pedido de prorrogação da prisão, o MP argumentou que a medida é para “evitar que o parlamentar tente interferir no andamento dos trabalhos”. Já a juíza deferiu a liminar com base no que considerou “indícios concretos de envolvimento em práticas ilícitas no exercício do mandato e o efetivo prejuízo às investigações em curso”.

O inquérito contra Wellington Magalhães corre em segredo de justiça e faz menção ao período em que ele era o presidente da Câmara Municipal. Magalhães foi reeleito para mais quatro anos como vereador, mas ainda não assumiu o mandato devido ao afastamento determinado pela Justiça.

Ainda de acordo com a juíza Patrícia Santos, cabe à Justiça impedir que um investigado exerça funções pública antes do fim das investigações. “Cumpre salientar que a sociedade clama pela lisura e transparência, não se podendo permitir que um investigado continue exercendo as funções no tramitar de investigações que apuram o desvio de dinheiro público, propiciando a continuidade das atividades ilícitas”, concluiu.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, Magalhães estaria fraudando licitações públicas para desviar recursos públicos e adquirir bens móveis e imóveis em nome próprio e de laranjas em valores incompatíveis com sua renda oficialmente declarada.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Henrique Braga (PSDB), com a prorrogação do afastamento de Magalhães, o suplente dele - Dimas da Ambulância(PTN) -, será chamado na segunda-feira ou terça-feira para assumir os trabalhos e, assim, não prejudicar os andamentos da Casa.