"Essa reunião era justamente o desconforto que existia com as nomeações do PT de Graça Foster para a Diretoria de Gás e José Eduardo Dutra para a presidência da BR Distribuidora terem sido feitas sem as nomeações do PMDB terem sido feitas", explicou Cunha, interrogado pela primeira vez como réu da Lava Jato.
Temer depôs, por escrito a Moro, como testemunha de defesa do peemedebista, preso desde outubro de 2016.
"Fui comunicado (sobre a reunião), tanto eu como Fernando Diniz, na época, pelo próprio Michel Temer e pelo Henrique Alves (ex-ministro). O Michel Temer esteve nessa reunião junto com Walfrido Mares Guias."
O ex-presidente da Câmara explicou que "houve uma revolta da bancada do PMDB na votação do CPMF". Temer era o presidente nacional do PMDB na ocasião.
"Nesse dia, eles chamaram, Michel e Henrique Alves chamaram para essa reunião, para acalmar a bancada, e a bancada acabou votando em seguida a CPMF."
Cunha disse a Moro que "resposta do presidente Michel Temer nas perguntas está equivocada".
"Ele (Temer) participou sim da reunião e foi ele que comunicou a todos nós o que tinha acontecido na reunião, porque não era só o cargo da Petrobras, era outras várias discussões que aconteciam no PMDB."
Cunha declarou que havia um hábito semanal de reuniões dele e outros coordenadores do PMDB com Temer para "debater e combinar toda situação política".
"Tudo era reportado, sabíamos de tudo e de todos.".