O procurador ressaltou que a Petrobras é "vítima" dos atos de corrupção, que é tese da estatal para defender-se de ações de investidores internacionais, boa parte delas movidas por investidores estrangeiros nos EUA.
O Departamento de Justiça americano investiga os esquemas de corrupção da Petrobras, pois há suspeitas de envolvimento de empresas por vários canais, como contas bancárias, de forma ilegal no país.
"Há um relacionamento muito bom com o Departamento de Justiça americano, os contatos são constantes e frequentes", disse Galvão. "Eles nos apoiam no que eles têm jurisdição e nós os apoiamos onde temos jurisdição", apontou o procurador. " É feito um trabalho coordenado e a gente sempre viu das autoridades americanas muito respeito pelo trabalho que foi feito no Brasil."
O procurador ressaltou que a Lava-Jato faz investigações conjuntas com autoridades de 17 países, que inclusive já abriram apurações locais, a exemplo do que ocorre nos EUA.
Paulo Roberto Galvão também lembrou que no âmbito da Lava-Jato, a Odebrecht, Braskem e a Rolls Royce já fizeram acordos de leniência. "Mas é possível que outras empresas façam outros acordos, desde que estejam interessadas em realizar." (Ricardo Leopoldo, correspondente - ricardo.leopoldo@estadao.com).