Dez dos 13 senadores investigados na Operação Lava-Jato vão sabatinar o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado no último (6) pelo presidente Michel Temer (PMDB) para substituir o ministro Teori Zavascki, morto em janeiro passado em um acidente de avião, em Paraty, no Rio de Janeiro.
O 10 senadores fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que irá sabatinar Moraes para confirmar ou não a indicação para O Supremo Tribunal Federal.
Aprovado pela sabatina, Moraes assumirá uma cadeira no STF e será o novo ministro revisor da Lava-Jato no STF. O revisor auxilia o relator, sugerindo medidas para corrigir algum problema do processo, além de confirmar, completar ou retificar o relatório, que serve de base para votação em plenário, com o resumo e parecer sobre o processo.
São alvos de inquéritos da Lava -Jato no Supremo Edison Lobão (PMDB-MA), que ocupa a presidência da CCJ, Jader Barbalho (PMDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Benedito de Lira (PP-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) , Fernando Collor (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
Tramitação
Alexandre de Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar no STF a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) no dia 19 de janeiro. A indicação, entretanto, precisa ser aprovada pelo Senado Federal. A candidatura é analisada primeiramente pela CCJ, comissão que foi instalada na manhã desta quinta-feira, 9.
O presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), indicou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) como relator da matéria. Braga não confirmou quando apresentará seu parecer, mas a expectativa é de que o relatório esteja disponível para os demais senadores na próxima quarta-feira.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), calcula que Moraes seja sabatinado até 22 de fevereiro na comissão. No mesmo dia, a indicação segue para votação em plenário.