Novo líder do PSDB na Câmara, o deputado Ricardo Tripoli (SP) defendeu nesta sexta-feira, 10, em entrevista à TV Estadão o fim do sigilo nas delações e afirmou que não há no Brasil isonomia entre o Ministério Público e os advogados de defesa.
A posição do tucano também é defendida por parlamentares da base do governo Michel Temer. O foco do movimento é o acordo de delação premiada feito por 77 executivos da Odebrecht e homologado pela presidente do Supremo, Cármen Lúcia, no último dia 30. Ela decidiu, porém , manter os depoimentos sob sigilo.
"Sem sombra de dúvidas, todas as informações devem ser públicas. Isso é um direito de quem está sendo acusado. Não há isonomia no Brasil. Quando o sujeito é investigado o Ministério Público tem informações, mas os advogados de defesa não tem".
O líder tucano também defendeu a nomeação do peemedebista Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência. Citado na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Moreira Franco passa a ter foro privilegiado com o novo status. "Foro privilegiado não inocenta ninguém. Não muda nada a parte processual", disse Tripoli.