Em alguns casos, como os dos atuais (e também ex) 1.º e 2.º secretários - Enio Tatto (PT) e Edmir Chedid (DEM) -, os parlamentares têm direito a três gabinetes: de deputado, secretário e ex-secretário.
Os gabinetes extras para membros da Mesa Diretora da Alesp existem desde 2003, criados por ato normativo. Na época, o número de servidores era menor mas foi ampliado em 2008. Em 2009 a direção da Alesp decidiu reduzir a estrutura dos gabinetes, mas no fim do ano passado a Mesa Diretora voltou aos termos de 2008.
Segundo o ato 33, do dia 15 de dezembro de 2016, assinado por Tatto, Chedid, e pelo atual presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), os ex-presidentes cujos mandatos ainda estejam em vigor têm direito a duas salas, três assistentes legislativos 1 (R$ 6,3 mil cada), dois agentes de segurança (R$ 5,8 mil cada), três assessores especiais parlamentares (R$ 3,4 mil cada), um assessor chefe de gabinete (R$ 6,4 mil), três funcionários efetivos e outros três servidores cedidos de outros órgãos, totalizando 15 vagas.
Procurada, a Alesp não informou o custo do benefício, mas alguns deputados calculam que, somados salários, gratificações e demais gastos, o valor pode chegar a R$ 600 mil mensais ou mais de R$ 7 milhões por ano.
Defesas
A reportagem procurou os deputados Tatto, Chedid e Capez, mas eles não quiseram se pronunciar.
Por meio de nota, a Alesp disse que os dois primeiros abriram mão do benefício. Segundo a Assembleia Legislativa, a manutenção dos gabinetes "deve-se ao fato da continuidade das obrigações dos ocupantes dos cargos".