O mandato-tampão deve durar até a realização de novas eleições. Nos dias 12 de março e 2 de abril, eleitores de 15 cidades brasileiras voltam às urnas. De acordo com as novas regras, para definir o novo pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) verifica se os votos anulados de candidatos inelegíveis alteram a classificação do eleito a ponto de não representar a escolha da maioria. Esse critério tornou mais difícil entregar a prefeitura ao segundo colocado na votação geral.
Compete ao TSE, mediante pedido fundamentado dos tribunais regionais, autorizar a eleição suplementar. Estão marcadas para 12 de março as eleições em Calçoene (AP); Conquista d'Oeste (MT); Alvorada de Minas, Ervália e São Bento Abate (MG); Arvorezinha, Butiá, Gravataí, Salto do Jacu, São Vendelino e São Vicente do Sul (RS). Em 2 de abril, voltam às urnas os eleitores de Bom Jardim da Serra e Sangão, em Santa Catarina; Ipojuca, em Pernambuco; e Carmópolis (SE).
À medida que os processos forem julgados em definitivo pelo TSE, os tribunais regionais podem marcar eleições para os dias 7 de maio, 4 de junho, 2 de julho, 6 de agosto, 3 de setembro, 1º de outubro, 12 de novembro e 3 de dezembro.
São Paulo
O vereador Leonídio Moretti (SD), que assumiu o comando de Neves Paulista, resume a sensação de ser prefeito-tampão. "A gente não sabe se vai ficar aqui um mês, três meses, se o mais votado vai assumir, ou o segundo colocado, ou se vai ter nova eleição. Essa indefinição complica tudo", disse o parlamentar.
Nove cidades no Estado de São Paulo têm vereadores no lugar de prefeito. Em outros 13 municípios, só não é a mesma coisa porque os eleitos assumiram com liminares ou sentenças judiciais.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Bariri, Itatinga, Mombuca, Neves Paulista, Mococa, Sebastianópolis do Sul, Penápolis e Mairinque podem ser marcadas novas eleições este ano. .