O Tribunal de Contas do Estado de Minas (TCE-MG) inaugurou na manhã desta segunda-feira um prédio de R$ 11 milhões, construído com recursos dos cofres públicos mineiros. O empreendimento, construído anexo à sede do TCE na Avenida Raja Gabáglia, Bairro Luxemburgo, tem três pavimentos e vai sediar o Suricato, programa criado pelo órgão para ampliar o controle externo e a fiscalização dos gastos públicos. A obra gerou protestos do lado de fora de cidadãos que consideraram o gasto desnecessário, especialmente em um estado que decretrou calamidade financeira.
Anunciada como parte do planejamento estratégico 2015-2019, a obra é, segundo o tribunal, necessária para aperfeiçoar o sistema de inteligência do TCE. A estimativa do tribunal é que o dinheiro gasto para a construção do prédio será devolvida em aproximadamente quatro anos, com a economia gerada com a “redução de fiscalizações improdutivas”.
O projeto do Suricato é do presidente do TCE, conselheiro Sebastião Helvécio.
Segundo a diretora geral do TCEMG, Raquel de Oliveira Miranda Simões, informou ao anunciar o empreendimento, o trabalho vai permitir inspeções mais assertivas. “O Centro Tecnológico vai reduzir o custo com a fiscalização.
A Central Suricato de Fiscalização Integrada, Inteligência e Inovação tem área de 3,7 mil metros quadrados. De acordo com o TCE, o visitante terá o primeiro contato com o novo prédio no hall da interatividade, ambiente no qual poderá ter acesso a informações do TCE. Por uma parede de vídeo, o visitante também poderá visitar a sala de situação, que abriga o núcleo de inteligência do Tribunal.
Segundo a coordenadora do Movimento Vem pra Rua, que protestou em frente ao TCE, Kátia Pegos, o TCE não está sendo digno de confiança. “Estamos em um estado que foi declarado em estado de calamidade e há muito estávamos injuriados com o fato de o tribunal ter aprovado as contas do governo. Começamos a investigar e vimos que os conselheiros receberam benefícios no fim do ano, tiveram a frota de carros trocadas. Agora vem a inauguração dessa obra que gastou uma grande fortuna do dinheiro público, que deveria estar sendo gasto com outras coisas”, afirmou.
A líder do movimento disse que as faixas afixadas no entorno do tribunal não eram do Vem pra Rua, mas parabenizou os textos. “Apelidamos o prédio de Tião Tower por ele ser um projeto do presidente que está em vias de ser trocado”, afirmou. .