A privatização da Cedae é a primeira das medidas de contrapartida exigidas pelo governo federal no plano de recuperação fiscal do Estado a ser enviada à Alerj. O projeto autoriza o governo estadual a privatizar a Cedae, dada como garantia para novos empréstimos, no valor de até R$ 3,5 bilhões, com aval da União.
A discussão do projeto na Alerj começou na última quinta-feira, em sessão extraordinária que adentrou a noite. A proposta do governo recebeu 211 emendas e foi aprovada nas comissões parlamentares, apesar de votos em separado da oposição.
Ainda na manhã desta segunda-feira, um princípio de incêndio fez com que o Palácio Tiradentes, sede da Alerj, fosse esvaziado. Com isso, a reunião do Colégio de Líderes, inicialmente marcada para as 14 horas desta segunda, foi adiada para terça-feira, às 13 horas, logo antes da sessão ordinárias, às 15 horas, na qual estava prevista já a votação do projeto.
Mesmo com o adiamento da reunião entre os líderes dos partidos, a votação estava mantida para terça-feira, até que a Presidência da Alerj decidiu adiar também a decisão final sobre o projeto. Segundo a assessoria de imprensa da Alerj, ainda não há definição sobre a pauta da sessão ordinária de terça-feira.
Para o mesmo dia, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio (Muspe) convocou um protesto para a frente da Alerj. Na última quinta-feira, uma manifestação organizada pela entidade, que congrega diversos sindicatos e associações de servidores, terminou em confrontos pelas ruas do Centro do Rio..