Neste ano, o deputado voltou a reapresentar a matéria, que está em tramitação na Comissão de Seguridade Social e Família, mas não tem data para ser votado. A proposta é tão polêmica como o próprio horário de verão.
O argumento do governo é que adiantar os relógios em uma hora em outubro aumenta o aproveitamento da luz do dia durante o verão, diminuindo o consumo de energia elétrica no horário de pico, entre seis da tarde e nove da noite. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, no ano passado o horário de verão acarretou uma economia de 160 milhões de reais, ao evitar o acionamento de termelétricas. Isso significa uma redução de 4,5 por cento da energia no horário de pico e de 0,5 por cento em todo o consumo. Essa economia durante os 120 dias de duração do horário de verão equivale ao gasto mensal de energia elétrica do Distrito Federal, com quase 3 milhões de habitantes.
Economia irrisória
Para o parlamentar, a economia alegada pelo governo, para justificar o horário de verão, é irrisória diante dos prejuízos causados pela alteração do relógio. Segundo Valdir Colatto, o horário de verão afeta negativamente a maior parte da população, faz mal à saúde e aumenta o número de acidentes causados por fadiga, confusão de raciocínio e irritabilidade.
Além da Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto precisa passar ainda por outras duas para ser aprovado: a de Minas e Energia e a de Constituição e Justiça. Se for aprovado, pode ser enviado diretamente ao Senado, sem passar pelo Plenário da Câmara..