Durante o dia, Temer recebeu o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso, um dos cotados para assumir a pasta, no Palácio do Planalto. O ex-ministro foi levado para conversar com Temer pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Durante a conversa, o jurista não chegou a ser formalmente convidado por Temer para comandar a pasta, mas o porta-voz Alexandre Parola, disse que "o presidente seguirá conversando com o antigo amigo".
O nome de Velloso, que tem o apoio de tucanos, ganhou força esta semana. Já o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) está praticamente descartado após a divulgação de um vídeo no qual criticou o poder de investigação do Ministério Público Federal, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.
Na semana passada, Temer havia dito que iria levar "muitos dias" para escolher o novo ministro. A ideia inicial é que ele iria esperar a aprovação do nome de Alexandre de Moraes para o STF para depois escolher o seu substituto. A sabatina de Moraes na Comissão Constituição de Justiça (CCJ) está marcada para a próxima terça-feira, 21.
Em seu discurso, Temer agradeceu o apoio que os parlamentares da frente, formada por 244 senadores e deputados, havia dado à aprovação das reformas propostas pelo governo no ano passado. "Imaginamos que levaríamos dois anos para realizar as reformas imprescindíveis para o País, com o entusiasmo da frente, verificamos que em seis meses já havíamos aprovado a PEC do Teto dos Gastos, encaminhado modernização legislação trabalhista", disse.
O presidente também afirmou que vai precisar do apoio do grupo para apoiar a reforma do sistema tributário.
Também presente na cerimônia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), terminou o seu discurso elogiando Temer, ao constatar que os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e do Meio Ambiente, Zequinha Sarney, estavam sentados lado a lado na mesa.