Depois de fazer uma reforma durante o recesso, a Câmara Municipal de Belo Horizonte resolveu investir no conforto dos 41 vereadores e tornar ainda mais desejáveis as cadeiras que eles ocupam. O Legislativo concluiu licitação para comprar poltronas novas para os parlamentares. Somente a do presidente, vereador Henrique Braga (PSDB), vai custar R$ 4.699,00 aos cofres públicos.
As cadeiras dos demais vereadores custam um pouco menos: R$ 3,3 mil. Somadas, as 50 poltronas compradas – 10 a mais que o número de vereadores – geram uma despesa de mais R$ 166.990,00 para o município. Com isso, o total gasto é R$ 171.689,00. Os móveis seguem os modelos do Senado Federal.
Segundo justificativa no edital, as cadeiras novas são necessárias porque “as atuais poltronas estão em estado lastimável”.
Não é de hoje que a Câmara investe das dependências da Casa. Licitação foi concluída em outubro do ano passado para a compra de um carpete por R$ 62,5 mil.
Questionado sobre a necessidade da compra das cadeiras, o presidente da Câmara, Henrique Braga, afirmou: “Todo parlamento tem mesa e cadeira para os parlamentares.
Luxo e mármore
Fechada a licitação, a empresa vencedora, RD Móveis Ltda - EPP, tem de 45 a 90 dias para entregar o mobiliário. Segundo Braga, a licitação é da gestão anterior, de Wellington Magalhães (PTN). A conclusão demorou porque houve dois processos fracassados e uma empresa recorreu neste último.
A Câmara também passou por reforma do plenário e do restaurante da Casa que custou cerca de R$ 1 milhão. As intervenções no plenário remodelaram todo o espaço, que agora é revestido de mármore branco, entre outros luxos.
Segundo o presidente da Casa, o valor para a reforma foi pago em convênio com a Caixa Econômica Federal. Já para as cadeiras, há dotação orçamentária na Câmara para a despesa no item"equipamentos e material permanente".
As poltronas são giratórias e tem encosto para os braços. O acabamento é com capa de polipropileno. Tem ainda uma mola amortecedora na coluna central para amortecer o corpo do usuário e evitar impactos bruscos. Para o presidente Henrique Braga, a poltrona é mais alta.
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