A decisão de Eunício, segundo integrantes da Mesa Diretora, tem como base liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux que determinou, no último dia 14 de dezembro, a devolução do projeto à Câmara para que a proposta fosse analisada novamente pelos deputados a partir da "estaca zero".
Apesar da decisão de Fux, o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), até o último dia de seu mandato no comando da Casa, encerrado no dia 1º de fevereiro, não havia enviado o projeto para nova discussão dos deputados.
Logo após o pacote ser aprovado pela Câmara, o peemedebista chegou a tentar a colocá-lo em votação no plenário do Senado, mas, na ocasião, não conseguiu o apoio necessário das principais lideranças.
Considerado como um "esqueleto" deixado por Renan, o projeto agora deverá ser recebido pelo comando da Câmara para novas discussões.
Mudanças
A polêmica em torno da proposta se estende desde a conclusão da votação do texto, ocorrida na madrugada do último dia 30 de novembro, no plenário da Câmara.
Entre as alterações feitas está a previsão de punição por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores. A iniciativa foi vista como uma retaliação por membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. Os deputados também incluíram no projeto a possibilidade de punir policiais, magistrados e integrantes do MP de todas as instâncias que violarem o direito ou prerrogativas de advogados..