O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Velloso, responde até a noite desta sexta-feira ao presidente Michel Temer (PMDB) se aceita o cargo de ministro da Justiça. Para a decisão vão pesar os casos para os quais advoga em seu escritório em Brasília. O ex-ministro adiantou ao Estado de Minas que pode rejeitar o convite.
“Se eu não conseguir resolver satisfatoriamente os problemas que possam advir da minha retirada total da advocacia, isso impediria minha ida para o Ministério. Estou tentando superar essas questões, tenho contas a prestar aos clientes. Se não superar não vou poder”, afirmou Velloso.
Segundo o ex-presidente do STF, para romper os contratos de advogado é preciso a aquiescência dos dois lados e a única possibilidade caso aceite virar ministro, segundo ele, é a de afastamento definitivo.
Sobre as críticas feitas por alguns pelo fato de ele ser amigo do senador Aécio Neves (PSDB), o ex-ministro responde que não vê problema algum. “Sou amigo do Aécio desde os 22 anos dele, como fui amigo do pai e do avô, e me honro com essa amizade. Tenho dois processos em que advogo para ele mas, se fosse para o ministério, teria que sair”, disse.
Velloso ainda não sabe se estará pessoalmente com Temer nesta sexta-feira. “A resposta pode ser pessoalmente ou por telefone, sou amigo pessoal do presidente e temos essa liberdade”, disse.