São Paulo - O presidente Michel Temer será o protagonista do primeiro programa de TV do PMDB exibido em sua gestão, que vai ao ar no dia 30 de março. O peemedebista aproveitará o espaço para vender a imagem de “reformista” e exaltar o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), vista como a medida mais popular da sua administração até agora.
A avaliação do Palácio do Planalto e de marqueteiros ligados ao partido é de que a medida é a que tem mais potencial para alavancar a popularidade do governo. A reprovação a Temer aumentou sete pontos porcentuais desde outubro, segundo pesquisa do instituto MDA, feita por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgada na quinta.
“A aprovação ao saque das contas inativas do FGTS é muito grande. No primeiro programa do partido, a ideia é levar confiança ao povo brasileiro”, disse ao Estado o publicitário Elcio Mouco, que vai dirigir o programa.
A versão final do roteiro será definida na semana que vem por Temer, pelo senador Romero Jucá, presidente do PMDB, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Ainda não foi definido se o presidente vai protagonizar sozinho o comercial, que será exibido em cadeia nacional, ou se vai abrir espaço para outras lideranças.
O PMDB também vai apostar na transposição do Rio São Francisco para melhorar a popularidade do governo no Nordeste. No campo econômico, a sigla vai apresentar um “pacote” de notícias positivas, que inclui a queda do dólar e do risco país e a inflação abaixo de 6%.
O presidente Michel Temer escalou Moreira Franco, da Secretaria-geral da Presidência, para coordenar a estratégia de comunicação do Planalto e o senador Romero Jucá a do PMDB. A ideia é aproximar a linguagem e alinhar o discurso.
Agenda positiva
O PMDB também reforçou sua comunicação. Responsável pela campanha vitoriosa de João Doria (PSDB) em São Paulo, o marqueteiro Lula Guimarães foi contratado pela legenda e montou uma equipe para atuar nas redes sociais.
Responsável pela área digital de Doria, Daniel Braga foi contratado pela Fundação Ulysses Guimarães, braço teórico do PMDB, mas atua no Planalto ao lado de Moreira Franco.
Aposta de Jucá para melhorar a imagem da legenda, a mudança de nome de PMDB para MDB, como era o nome original do partido, ainda não prosperou por causa da resistência de Moreira Franco. Aliados do ministro dizem que não é a hora de reforçar o lado “movimento” da sigla, mas de mostrar que ela governa o País e está por trás das reformas.