Ao participar de campanha eleitoral com o deputado federal e candidato a prefeito Duarte Nogueira (PSDB-SP), em setembro do ano passado, o ministro disse que "haveria mais Lava Jato" naquela semana. "Falam, falam, mas quinta-feira teve uma, sexta teve outra, essa semana vai ter mais. Quando vocês virem esta semana vão se lembrar de mim", afirmou a pessoas que participavam do evento. No dia seguinte, a Polícia Federal deflagrou a 35ª fase da Lava-Jato, que resultou na prisão do ex-ministro Antonio Palocci.
A pergunta foi feita por Gleisi Hoffmann (PT-PR), oitava senadora a se pronunciar. Seguindo a estratégia da oposição, Gleisi questionou se Moraes vai se declarar suspeito para julgar casos da Lava Jato e casos envolvendo o PT na Corte, mencionando declarações à imprensa do então ministro da Justiça. Ele voltou a afirmar que não se sente impedido e que não vai "adiantar" um pedido de suspeição antes de assumir o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliar cada situação. Após as indagações de Gleisi, o presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), suspendeu a sessão por dez minutos.
MP
Moraes disse que é a favor do poder de investigação do Ministério Público.