Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na tarde desta terça-feira, o ministro licenciado Alexandre de Moraes afirmou que "não houve adiantamento de nova fase da Operação Lava-Jato", referindo-se a episódio na cidade Ribeiro Preto (SP), no ano passado. Ele destacou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um processo de investigação para apurar o caso e concluiu que não houve nenhum desvio de conduta de sua parte..
A pergunta foi feita por Gleisi Hoffmann (PT-PR), oitava senadora a se pronunciar. Seguindo a estratégia da oposição, Gleisi questionou se Moraes vai se declarar suspeito para julgar casos da Lava Jato e casos envolvendo o PT na Corte, mencionando declarações à imprensa do então ministro da Justiça. Ele voltou a afirmar que não se sente impedido e que não vai "adiantar" um pedido de suspeição antes de assumir o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliar cada situação. Após as indagações de Gleisi, o presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), suspendeu a sessão por dez minutos.
MP
Moraes disse que é a favor do poder de investigação do Ministério Público. Ele disse que, desde quando era promotor de Justiça, defendia a tese de que o MP pode requisitar uma apuração sem a necessidade de passar pelo crivo da polícia. Essa questão já foi recentemente decidida pelo STF.