Sob boatos de esvaziamento, Lava-Jato avança contra partido do governo

Os alvos de mandados de prisão são considerados os operadores de propina do PMDB

Sob boatos de esvaziamento, a Operação Lava-Jato em Curitiba avança sobre o esquema de corrupção comandado por apadrinhados do PMDB, na Petrobras.
A 38ª fase deflagrada nesta quinta-feira (23) Operação Blackout, tem como alvos principais os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, considerados operadores de propinas do partido.

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos em primeira instância da Lava Jato em Curitiba, decretou a prisão dos lobistas, que são suspeitos de terem ligação com o senador Renan Calheiros (PMNDB-AL).

Os dois são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em contratos na Diretoria Internacional da Petrobras, que era cota do PMDB no esquema de fatiamento dos postos chave da estatal entre partidos da base de governo - que incluía ainda PT e PP.

Renan


A Lava-Jato já prendeu dois operadores apontados como ligados ao esquema do PMDB, na corrupção descoberta na Petrobras: Fernando Soares Falcão, o Fernando Baiano, e João Henriques. Jorge e Bruno Luz são considerados os dois mais antigos lobistas da Petrobrás. Eles moram no Rio, onde estão sendo cumpridas as ordens da Operação Blackout.

Em delação premiada, o ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró revelou que os operadores são responsáveis pelo repasse de US$ 6 milhões em propinas que tinham como destinatária o ex-presidente do Senado Renan Calheiros. O senador nega irregularidades..